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Tratados no tempo de Deus

08/06/2014


“E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu; (...) E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto; E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome. (...) Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. E ensinava nas suas sinagogas, e por todos era louvado. E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR.” (Lucas 3:21,4:1-2,14-19)

O tempo está sendo abreviado, então tudo está sendo feito com pressa. E, nessa pressa, esquecem que o tempo de Deus não é o tempo do homem. Deus tem um processo com um tempo determinado na sua vida, você não pode adiantar isso. A sua ansiedade não muda o tempo de Deus. O deserto é o meio que Deus usa para tratar a sua vida, e ele tem um tempo e um propósito determinados, nós precisamos passar por ele e sermos aprovados. O objetivo do deserto é trazer crescimento espiritual. Não podemos entrar nem sair do deserto pela nossa força, é Deus quem nos leva pra lá e nos traz de volta. Muitos cristãos querem viver o paraíso na Terra, só com vitórias, e desprezam o deserto.

“E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente. Teve José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais. (...) E José foi levado ao Egito, e Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda, homem egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá. E o SENHOR estava com José, e foi homem próspero; e estava na casa de seu SENHOR egípcio. (...) E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de porte, e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém ele recusou, e disse à mulher do seu SENHOR: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos, para deitar-se com ela, e estar com ela, (...) E o senhor de José o tomou, e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; assim esteve ali na casa do cárcere. O SENHOR, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor.” (Gênesis 37:3-5,39:1-2,6-10,20-21)

José passou por tentações, e foi fiel a Deus. Mas a mulher levantou calúnias contra ele e José foi lançado na prisão. Todas essas provações tinham um propósito de Deus, só que José não sabia disso, e mesmo assim ele foi aprovado. O que Deus espera de você na prisão, no deserto, é que você aprenda a louvar a Deus, e não perca a confiança no seu Senhor. José tinha certeza de que Deus era com ele em todas as coisas, e por isso ele foi aprovado.

“E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou, e eis que estava em pé junto ao rio. E eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no prado. E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista e magras de carne; e paravam junto às outras vacas na praia do rio. E as vacas feias à vista e magras de carne, comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó. (...) Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó. As sete vacas formosas são sete anos, as sete espigas formosas também são sete anos, o sonho é um só. E as sete vacas feias à vista e magras, que subiam depois delas, são sete anos, e as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental, serão sete anos de fome. Esta é a palavra que tenho dito a Faraó; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó. E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra do Egito. E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra; (...) Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu. Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito. E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de roupas de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito.” (Gênesis 41:1-4,25-30,39-43)

Quando passamos por lutas, a tendência é de endurecermos o coração. Mas, se fizermos isso, não poderemos entender os milagres de Deus na nossa vida. Ser fiel no pouco é ser fiel no tempo das vacas magras, ou seja, no deserto e na prisão. Se José tivesse caído na armadilha da mulher de Potifar, o propósito de Deus não teria se cumprido. Os planos de Deus não são os nossos planos. Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos.

“Então José não se podia conter diante de todos os que estavam com ele; e clamou: Fazei sair daqui a todo o homem; e ninguém ficou com ele, quando José se deu a conhecer a seus irmãos. E levantou a sua voz com choro, de maneira que os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu. E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque estavam pasmados diante da sua face. E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se; então disse ele: Eu sou José vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.” (Gênesis 45:1-5)

José era um homem maduro espiritualmente. Ele não culpou seus irmãos pela maldade que fizeram a ele, mas entendeu que aquilo era um propósito de Deus e os abençoou.

Que Deus nos abençoe!

Pr. Luiz Cláudio Flórido