A origem das contendas 09/06/2013
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"E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará." (Marcos 8:34-35) “Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes; logo matais. Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras. Nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou pensais que em vão diz a escritura: O Espírito que ele fez habitar em nós anseia por nós até o ciúme? Todavia, dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de espírito vacilante, purificai os corações. Senti as vossas misérias, lamentai e chorai; torne-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4:1-10) Esse texto é uma chamada à consagração. E três promessas são feitas aos que buscam a consagração: Tiago inicia o texto nos mostrando que naqueles dias havia na igreja rixas, hostilidades e competições. Mas o que leva a esse ponto? Por que essas coisas acontecem na igreja?
Tiago é bastante objeto ao afirmar que a causa dos conflitos é nossos deleites. Deleite está associado à doutrina hedonista (que considera o prazer como finalidade da vida). É a glorificação dos sentidos.
O termo cobiça aqui está relacionado aos verbos matar, invejar, combater e fazer [guerra]. Esses desejos são inspirados pela carne; por deleite e prazer. O termo matar não é literal, está associado à guerra entre pessoas, ao desejo de atingir o outro, seja com palavras ou com ações. É o ato de “matar” espiritual ou emocionalmente o nosso irmão.
Este é um alerta para as orações sem valor; aquelas que são mal direcionadas. Muitas vezes pedimos a Deus algo que Ele sabe que não é o melhor pra nós e ao não recebermos temos a tendência a nos chatear com Deus; como se ele obrigado a nos dar tudo o que queremos.
Tiago adverte contra o amor ao mundo. O mundo não é as pessoas, e sim um conjunto de valores que nos afastam de Deus. Logo, é impossível amar a Deus e aos valores que nos opõe a Ele. No Novo Testamento, a figura do casamento está representada na união entre Cristo e sua igreja. O cristão deu seu coração a Jesus Cristo. Apaixonou-se por ele. Amar o mundo é adulterar contra Cristo, é dividir o amor que lhe foi prometido. Amar o mundo não é necessariamente se desviar; é dar o nosso coração ao materialismo, à ambição ou ainda a coisas muito boas e válidas mas que assumem importância maior que o nosso Criador. Tiago não nos deixa meio-termo: o amigo do mundo é inimigo de Deus. Ser inimigo de Deus é uma escolha. "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura." (Gálatas 6:14-15) "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te." (II Timóteo 3:1-5) "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (I João 2:15-17) Que Deus nos abençoe. Pr. Luiz Cláudio Flórido |
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