Nós somos sal

07/06/2009

“Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.” (Mateus 5:13)

Todos nós somos criados com o objetivo de salgar a Terra. Quando não salgamos, somos acometidos pelo sentimento de baixa auto-estima, sentimos como se não servíssemos para nada. O sal sem sabor perde a função para a qual foi criado. Mas o que torna o sal insípido? A primeira causa é ser ouvinte da Palavra e não cumpridor.

“Pois se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla no espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esquece de como era. Entretanto aquele que atenta bem para a lei perfeita, a da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas executor da obra, este será bem-aventurado no que fizer.” (Tiago 1:23-25)

A Palavra de Deus tem o poder de transformar vidas, mas isso só ocorre quando você dá ouvidos a ela. A segunda causa que torna o sal insípido é quando não refreamos nossa língua.

“Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã.” (Tiago 1:26)

Religião vã aqui significa sem crédito. Aquele que diz que crê em Jesus deve seguir o plano de Deus para a sua vida. A terceira causa que torna o sal insípido são os falatórios inúteis, a contenda de palavras.

“Lembra-lhes estas coisas, conjurando-os diante de Deus que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam, senão para subverter os ouvintes.” (II Timóteo 2:14)

Se você não contender com as pessoas, será um vaso de honra. A quarta causa que torna o sal insípido é desperdiçar a bênção de Deus.

“E ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura.” (Hebreus 12:16)

Muitas pessoas, inconscientemente, abrem mão da bênção de Deus. Um exemplo disso é quando você dá mais valor às coisas que Deus te dá do que ao próprio Deus. Satanás nos tenta no imediatismo. A quinta causa que torna o sal insípido é a falta do perdão motivada pela justiça própria.

“Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei. Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram revelar tudo isso ao seu senhor. Então o seu senhor, chamando-o á sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste; não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão.” (Mateus 18:28-35)

A bíblia diz que a nossa justiça própria não passa de um trapo de imundície. Problemas financeiros de dívida normalmente estão ligados a problemas emocionais, a falta de perdão. Se você perdoar aqueles que te devem alguma coisa, Deus também te perdoará. A falta de perdão pode te privar da graça de Deus.

“Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem;” (Hebreus 12:15)

Para se livrar da raiz de amargura, você tem que declarar constantemente o perdão. A sexta causa que torna o sal insípido é a falta de confissão de pecados.

“De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem. Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados;” (I Coríntios 11:27-31)

Devemos nos examinar diariamente para identificar o que está fora do propósito de Deus nas nossas vidas e rejeitar isto.

“Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação.” (Tiago 5:16)

Quando você confessa seu pecado a Deus Ele te perdoa, mas só quando você confessa seu pecado aos seus irmãos você é curado. A sétima causa que torna o sal insípido é falar mal e julgar seu irmão.

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Há um só legislador e juiz, aquele que pode salvar e destruir; tu, porém, quem és, que julgas ao próximo?” (Tiago 4:11-12)

“Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque. Não escutes a todas as palavras que se disserem, para que não venhas a ouvir o teu servo amaldiçoar-te; pois tu sabes também que muitas vezes tu amaldiçoaste a outros.” (Eclesiastes 7:20-22)

Se não há homem justo, ninguém pode julgar o seu irmão. Mas como restaurar o sabor do sal?

“Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que a situação desta cidade é agradável, como vê o meu senhor; porém as águas são péssimas, e a terra é estéril. E ele disse: Trazei-me um jarro novo, e ponde nele sal. E lho trouxeram. Então saiu ele ao manancial das águas e, deitando sal nele, disse: Assim diz o Senhor: Sarei estas águas; não mais sairá delas morte nem esterilidade. E aquelas águas ficaram sãs, até o dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu disse.” (II Reis 2:19-22)

“Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim. Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce.” (Tiago 3:10-12)

A Palavra de Deus mostra que a nossa boca é uma fonte, dela não pode sair bênção e maldição. O que você fala acontece na sua vida. Se você abençoa, também é abençoado, mas se você amaldiçoa, também é amaldiçoado.

Que Deus nos abençoe.

Pr. Luiz Cláudio Flórido